MMA e suas principais lesões

O esporte que mais cresce atualmente no mundo, e que cada vez tem mais adeptos e praticantes, as Artes Marciais Mistas (do inglês, Mixed Martial Arts – MMA) é um esporte com alto risco para lesões.
O esporte que mais cresce atualmente no mundo, e que cada vez tem mais adeptos e praticantes, as Artes Marciais Mistas (do inglês, Mixed Martial Arts – MMA) é um esporte com alto risco para lesões.
 
Para muitos é a reedição dos tempos dos Gladiadores. O esporte se caracteriza pela grande variedade de técnicas de artes marciais permitidas e utilizadas, tais como golpes utilizando os punhos, pés, cotovelos, joelhos, além de técnicas de imobilização, assim como arremessos e alavancas.
 
É a união de diversos tipos de lutas, como Karatê, Jiu-Jitsu, Boxe, Muay-Thay, Judô, Tae-Kwon-Do, Kung-Fu, Wrestling dentre outras.
 
Os traumas de face, vias aéreas superiores e cranianos são frequentes devidos aos chutes e socos desferidos diretamente contra o rosto e o crânio, especialmente no dia do combate. Esses tipos de lesão são grande preocupação para a equipe médica, pois representam uma ameaça real à vida dos atletas.
 
O que poucas pessoas sabem é que ainda pior que o dia do combate, é a desgastante rotina de treinamentos que antecede uma luta. Diferente de esportes como futebol, no caso das lutas a maioria das lesões acontecem durante o período de treinamento e preparação.
 
Do ponto de vista ortopédico, a lesão mais temida por todos os lutadores é a entorse do joelho, onde a principal estrutura que atua na estabilização do joelho para movimentos rotacionais está em risco: o famoso Ligamento Cruzado Anterior (LCA).
 
Sem esse ligamento, de cerca de 5 cm de comprimento, é praticamente impossível praticar esportes que tenha atividades de giro, salto e desaceleração, os chamados movimentos de pivô.
 
Uma vez lesionado, atualmente o tratamento preconizado é a reconstrução do ligamento, com diferentes técnicas de enxerto. A cirurgia deve ser feita por um Cirurgião de Joelho, acostumado com a técnica e com a reabilitação.
 
Para os lutadores a preferência mundial é pelo enxerto quádruplo dos tendões flexores (Semitendinoso e Gracilis – resistência elástica de até 4108 N), devido ao longo período que passam sobre seus joelhos quando retornam aos ringues, octógonos e tatames.
 
Além da escolha certa do enxerto, fazemos a reconstrução pela técnica chamada anatômica, que é considerada a mais estável e comprovada por estudos biomecânicos como capaz de garantir estabilidade tanto para movimentos de anteriorização da tíbia como rotacionais. Após reabilitação dinâmica e progressiva, que dura cerca de seis meses, o atleta estará de volta as lutas.
 
Outras estruturas nobres do joelho também podem ser acometidas numa entorse, como o Ligamento Colateral Medial (LCM) e os Menisco medial e lateral, que muitas vezes necessitam de tratamento cirúrgico especializado. Devido ao grande período que permanecem na posição de “guarda”, se defendendo ou buscando imobilizações, as lesões meniscais são frequentes nesse tipo de atletas.
 
As fraturas dos membros superiores são comuns devidos aos golpes e imobilizações. Fraturas como do punho, metacarpos e falanges podem fazer com que o lutador abandone ou desista de participar de uma luta.
 
Ainda em relação ao membro superior, as luxações escápulo-umerais são frequentes e são obrigatoriamente de tratamento cirúrgico pelo risco de ocorrência de novos episódios.
 
A melhor forma de prevenção desse tipo de lesão é a prática correta, orientada por profissionais experientes, associada a exercícios de fortalecimento muscular, alongamento e propriocepção.
 
Uma vez diante de uma lesão como as citadas acima, cabe ao atleta lutador procurar um médico especialista, e acostumado a lidar com lesões em atletas, seja ele de alta-performance ou de lazer.
 
 

O Menisco - Da Avaliação e Lesão ao Transplante

A obra tem como público-alvo estudantes, residentes, ortopedistas e especialistas que buscam maior conhecimento sobre o menisco, sendo uma valiosa fonte de consulta, baseada na literatura científica atual e na experiência clínica dos autores convidados.