Movimento Olímpico
O esporte como instrumento de transformação social
Um movimento com base social em prol do desenvolvimento do Homem e da compreensão universal através do esporte, o Movimento Olímpico celebra a paz e incentiva o respeito mútuo entre as pessoas.
De acordo com a Carta Olímpica, o Comitê Olímpico Internacional (COI), as Federações Internacionais dos Esportes (Fis) e os Comitês Olímpicos Nacionais (CONs) devem trabalhar juntos para promover este movimento. Unidas, estas entidades contribuem para a construção de um mundo melhor pautado em uma consciência democrática, humanitária, cultural e ecológica por meio da prática esportiva.
O Barão Pierre de Coubertin recriou os Jogos Olímpicos da Antiguidade com o intuito de propagar estes valores. Além do caráter ideológico da iniciativa, ele acreditava que a realização da competição era necessária para incentivar a integração entre as nações e seus povos – uma tendência crescente no fim do século XIX.
Os antigos ideais olímpicos gregos inspiraram Coubertin, que criou a noção moderna de Olimpismo – filosofia que norteia as ações do Movimento Olímpico rumo ao objetivo maior de aperfeiçoamento do ser humano.
Jogos Olímpicos
Inspirados na Grécia, os Jogos Olímpicos da Era Moderna
O Barão Pierre de Coubertin foi o responsável pelo resgate dos Jogos Olímpicos. Inspirado nos ideais dos gregos, ele acreditava que a educação física era um fator determinante na educação moral. O educador francês viu na realização da competição uma forma de propagar esta filosofia pelo mundo.
Os primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna, realizados na cidade grega de Atenas, em 1896, resgataram o objetivo de incentivar o maior desenvolvimento possível das aptidões físicas e intelectuais do ser humano.
Competição entre os melhores atletas do mundo, confraternização entre os povos e, acima de tudo, a grande festa do esporte, os Jogos Olímpicos são um dos mais importantes eventos do planeta. Mobilizam populações de centenas de países e emocionam com vitórias, recordes e histórias de superação.
De quatro em quatro anos, uma cidade do mundo tem a honra de sediar os Jogos. Nela, competidores e torcedores se misturam e, durante pouco mais de duas semanas, ajudam a preservar e fortalecer o espírito olímpico.
Os primeiros registros oficiais da existência dos Jogos Olímpicos datam de 776 a.C. A vitória nos Jogos consagrava o atleta e proporcionava glória também à sua cidade de origem. A celebração durou até o ano de 394 d.C., quando, por questões religiosas, foi banida pelo imperador romano Teodósio.
Seu renascimento só aconteceu cerca de 1.500 anos depois, graças aos esforços de um pedagogo e esportista francês, o barão Pierre de Coubertin, que viu no esporte e nos ideais olímpicos gregos uma fonte de inspiração para o aperfeiçoamento do ser humano. Os primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna ocorreram em Atenas, no ano de 1896. Na mesma época, Coubertin criou a concepção moderna do Olimpismo.
Em 1924, foram criados também os Jogos Olímpicos de Inverno, realizados a cada quatro anos, no mesmo ano dos Jogos Olímpicos tradicionais. De 1994 para cá, passaram a acontecer de forma alternada. Outra importante inovação foi o surgimento dos Jogos Paralímpicos, em que competem atletas com necessidades especiais. Desde então, outras 12 edições do evento foram realizadas – a mais recente em Pequim 2008. Atualmente, há também os Jogos Paralímpicos de Inverno – a primeira edição do evento aconteceu em 1976, na Suécia.
Em 27 de julho de 2012, começam os Jogos Olímpicos de Londres. A 30° edição da competição ocorrerá pela terceira vez na capital inglesa. Em seguida, será a vez de o Brasil sediar o evento. Os Jogos Olímpicos Rio 2016 serão os primeiros a serem celebrados na
América do Sul e, desde já, mexem com o dia a dia do carioca e de todos os brasileiros.
Olimpismo
Filosofia Olímpica de vida
Herdada dos Jogos Olímpicos da Grécia Antiga, a filosofia utiliza o esporte como instrumento para a promoção da paz, da união, e do respeito por regras, e adversários. As diferenças culturais, étnicas e religiosas são de grande importância nesta forma de pensar baseada na combinação entre esporte, cultura e meio ambiente.
O objetivo é contribuir na construção de um mundo melhor, sem qualquer tipo de discriminação, e assegurar a prática esportiva como um direito de todos.
A educação, a integração cultural e a busca pela excelência através do esporte são ideais a serem alcançados. O Olimpismo tem como princípios a amizade, a compreensão mútua, a igualdade, a solidariedade e o “fair play” (jogo limpo). Mais que uma filosofia esportiva, o Olimpismo é uma filosofia de vida. A ideia é que a prática destes valores ultrapasse as fronteiras das arenas esportivas e influencie a vida de todos.
Os símbolos olímpicos
Marcas e ideais olímpicos bem representados
Os símbolos olímpicos refletem os ideais do Olimpismo. Os cinco aros interligados sobre um fundo branco, nas cores azul, amarela, preta, verde e vermelha representam a união dos cinco continentes. É a principal representação gráfica dos Jogos Olímpicos e a marca do próprio Comitê Olímpico Internacional (COI).
O lema Citius, Altius, Fortius – “o mais Rápido, o mais Alto, o mais Forte” – serve como lema do ideal olímpico e resume a postura que um atleta precisa ter para alcançar seus objetivos. Sua essência está na superação dos limites.
A tocha é o elo entre os Jogos da Antiguidade e os Jogos da Era Moderna. O fogo sagrado, tido como elemento purificador, anuncia o começo dos Jogos e convoca o mundo a celebrá-los em paz. A cada edição, a cidade-sede cria a sua própria Tocha, que ganha novos desenhos e formas, de acordo com a cultura do país sede.
Outros importantes símbolos olímpicos são o juramento olímpico, que acontece desde os Jogos de Antuérpia 1920, e o hino criado na Grécia, em 1896, e adotado pelo COI, em 1958. É executado em todas as cerimônias olímpicas oficiais, enquanto a bandeira olímpica é hasteada.
Antiguidade
Em respeito aos deuses gregos do Olimpo
Os registros históricos apontam o ano de 776 a.C. como a época em que os primeiros Jogos Olímpicos da Antiguidade foram realizados na Grécia. Além de uma competição de aptidões, o evento tinha o caráter religioso de culto aos deuses.
Os cidadãos competiam entre si para ver quem demonstraria, de modo mais eloquente, o seu respeito para com os deuses do Olimpo. As cidades-estado instituíam leis e regulamentos para estimular a prática esportiva e assim terem chances de sagrarem um maior número de vencedores olímpicos. A vitória nos Jogos Olímpicos consagrava o atleta e proporcionava glória também à sua cidade de origem.
Severas regras regiam os Jogos. Entre elas, a do “armistício sagrado” em que os helenos esqueciam momentaneamente suas disputas e dedicavam-se às atividades pacíficas sob a proteção dos deuses. Às vésperas do grande confronto com os persas, em 480 a.C. – batalha retratada no filme 300 de Esparta – o povo helênico estava reunido em Olímpia para a realização do 75° Jogos Olímpicos.
Até o a 13° edição dos Jogos (728 a.C.), o stadión (prova de corrida equivalente as atuais provas de Atletismo de 200 m rasos) era única competição realizada e o evento tinha duração de apenas um dia. Com o passar do tempo, novas modalidades foram incorporadas e as competições passaram a durar cinco dias.
A celebração dos Jogos Olímpicos durou até o ano de 394 d.C., quando, por questões religiosas, foi banida pelo imperador romano Teodósio.